Aprofundam-se violações dos direitos humanos e Guiné Equatorial avança com novas detenções ilegais em Annobón

Num novo exemplo da sua brutalidade, o regime Teodoro Obiang Nguema Mbasogo intensificou a repressão na Guiné Equatorial com novas detenções ilegais na ilha de Annobón, que está completamente isolada há quase dez dias, sem telefone nem internet. De acordo com relatórios recentes da Rádio Macuto, as forças repressivas já detiveram Vladimir Bestue Trillo y Simon Nach Nazaré, que já foram transferidos para a capital guineense-equatoriana.

Neste contexto, constatou-se que a frequência dos voos para a República de Annobón aumentou para um de dois em dois dias, com o objectivo de facilitar a transferência de detidos, uma estratégia claramente destinada a reprimir qualquer tipo de crítica e manter a população annobonesa em um estado de medo e submissão constantes.

Estas operações estão sendo coordenadas por Egido Panades, conhecido defensor da ditadura de Obiang. Junto com ele, eles participam das prisões Salas de adoração Chonko, Alias Salatu; Benjamín Panades Menejal, Alias Yuku-YukuE Epifanio Barril Bestueconhecido como Epi Blass; que tem a tarefa de guiar os militares até às residências dos Anoboneses em Malabo para procederem às detenções.

Esta onda de detenções gerou grande preocupação tanto entre os residentes locais como entre os observadores internacionais, que continuam a monitorizar a deterioração da situação dos direitos humanos na região, já relatada pela Fundação dos Direitos Humanos.

Além disso, segundo relatórios do Diário Otra Guiné Equatorial, a ditadura do PDGE continua a prender e torturar a população indefesa de Annobón. Várias testemunhas relataram mortes durante longos interrogatórios, onde os detidos são submetidos a condições desumanas, sem comida ou água, e forçados a fazer as suas necessidades nos seus próprios corpos.

A repressão em Annobón não é um acontecimento isolado, mas parte de um padrão sistemático de abusos que tem caracterizado o regime de Obiang por mais de quatro décadas. A comunidade internacional deve redobrar os seus esforços para pressionar Malabo a pôr fim a estas violações e garantir a protecção dos direitos fundamentais de todos os guineenses equatoriais.

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