Renomados meios de comunicação portugueses qualificaram os dez anos da Guiné Equatorial na CPLP como “vergonhosos”

O ditador Teodoro Obiang Nguema Mbasogo.

O artigo foi publicado por Público, um jornal português publicado em formato impresso e online. Fundado em 1990, é um dos meios de comunicação social mais influentes em Portugal, conhecido pela sua aposta em notícias políticas, culturais e sociais.

O dia 23 de julho marcou dez anos desde que a Guiné Equatorial se tornou membro de pleno direito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Como destaca a nota, passada uma década, o que se pode destacar é que o país aboliu a pena de morte, embora não completamente, e pouco mais.

Para público, Teodoro Obiang Nguema Mbasogo continua a ser o mesmo ditador e a situação dos direitos humanos não melhorou; Muito pelo contrário: tudo parece indicar que o regime se perpetuará para além da morte do ditador, que está no poder desde 1979, com a ascensão do seu filho. Teodorino, atual vice-presidente e certamente seu herdeiro.

Nesse contexto, o pesquisador Ana Lúcia Sá, do Centro de Estudos Internacionais do Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE), especialista em regimes autoritários em África, especialmente em Angola e na Guiné Equatorial, sobre os quais possui uma extensa bibliografia, foi entrevistada para a ocasião e não hesitou em usar a palavra «vergonha» para se referir a esta década do regime de Malabo como membro da CPLP.

É de salientar que a incursão da Guiné Equatorial na CPLP só foi possível graças ao passado português da ilha de Annobón, cuja população Obiang historicamente, submeteu-nos à miséria e à opressão nos sentidos mais violentos.

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