Obiang transferiu as pessoas raptadas para Malabo e há receios pela sua integridade física

Num acto de repressão e brutalidade, os anoboneses raptados pelo regime ocupacional da Guiné Equatorial foram transferidos à força da ilha de Annobón para Río Muni, na Guiné Equatorial, na madrugada de hoje.

A situação gerou indignação e preocupação tanto na população local como na comunidade internacional. O ocorrido revelou-se a favor dos familiares que, preocupados com o seu destino, realizaram uma vigília noturna no local onde foram detidos para acompanhar o ocorrido e garantir a sua integridade.

Durante a última década, Annobón tem estado sob pressão devido às constantes detonações de explosivos utilizados para extrair materiais de pedreiras, para construir um porto e um aeroporto. Estas explosões causaram graves danos às casas, desestabilizando o solo e transformando as ruas em lagoas cheias de mosquitos.

A população, juntamente com o governador da ilha, manifestaram-se contra estas detonações, exigindo um plano claro e viável antes de prosseguir com as obras. Contudo, em vez de serem ouvidos, os signatários do documento de protesto foram presos e tratados como criminosos.

Os detidos são:

1.- Marcos Pidal Codina

2.- Dario Malest

3.- Ressurreição Malest

4.- Victor Bestue

5.- São Calixto

6.-Elvira Majeda

7.- Brígida Teruel Mandra

8.- Tenzul Quichi Angola

9.- Eloy Domingo Castaño

10.- Masantu Eñove

11.- Pashica Bogode

12.- Rita Laurel Castro

13.- Velha Sabadell

14.- Mene Boda Llorente

15.- Toni Trillo Mol

16.- Toño Andreu

17.-Dagalasha Zamora

18.- Agosto Nena Pueyo

A comunidade internacional deve tomar nota destes abusos e exigir o fim das explosões e a libertação imediata dos detidos. A luta de Annobón pelo seu bem-estar e pelo seu território não pode ser ignorada.

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