A Assembleia Nacional Catalã apoiou a luta pela autodeterminação de Annobón

Num gesto de apoio à causa da independência da República de Annobón, a Assembleia Nacional Catalã (ANC) expressou publicamente o seu apoio ao povo Annobón através da sua conta oficial X, citando um artigo do The Guardian que denuncia abusos de direitos humanos e a a repressão sistemática sofrida pela população desta ilha sob o regime da Guiné Equatorial.

Na sua mensagem, a Assembleia Nacional Catalã foi contundente ao apontar a responsabilidade histórica de Espanha na situação que Annobón vive há décadas: “Os anoboneses há muito que sofrem abusos dos direitos humanos, repressão e exploração por parte da Guiné Equatorial, cuja jurisdição a Espanha subjugou a ilha em 1968. Nunca houve uma descolonização de Annobón. “Eles devem exercer seu direito à autodeterminação.”

Este comentário sublinha que, embora tenham passado mais de cinquenta anos desde que Espanha entregou a administração da ilha à Guiné Equatorial, nunca foi levado a cabo um verdadeiro processo de descolonização, deixando os anoboneses presos sob um regime que perpetuou a sua exploração e opressão.

A referência da Assembleia Nacional Catalã à autodeterminação sublinha a necessidade de Annobón ter a oportunidade de decidir o seu próprio futuro. Annobón tem sido palco de violações dos direitos humanos, repressão política e isolamento económico durante o regime de Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, que tem mantido um controlo férreo sobre a ilha, marginalizando-a e explorando os seus recursos naturais, sem permitir o desenvolvimento de uma verdadeira autonomia.

O apoio de uma organização como a Assembleia Nacional Catalã, que tem sido um actor-chave na luta pela autodeterminação na Catalunha, torna a situação de Annobón visível internacionalmente e reforça o apelo global para que as vozes dos Anoboneses sejam ouvidas. Além disso, destaca a dívida histórica que Espanha tem com Annobón, lembrando que a falta de um processo de descolonização eficaz deixou esta ilha numa situação de vulnerabilidade máxima.

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