Fundação de Direitos Humanos denunciou a violação dos direitos humanos em Annobón

A Fundação dos Direitos Humanos (HRF), uma organização dedicada a promover e proteger a democracia e os direitos humanos em todo o mundo, especialmente em regimes autoritários, destacou recentemente graves violações dos direitos humanos na República de Annobón, uma ilha que costumava depender da Guiné Equatorial e declarou-se independente há dois anos. Através das suas redes sociais, a HRF denunciou as seguintes ações do regime Teodoro Obiang Nguema Mbasogo contra os habitantes de Anobon.

1.- Detenções Arbitrárias: Em 20 de Julho, as forças de segurança da Guiné Equatorial prenderam mais de 20 pessoas em resposta a protestos pacíficos em Annobón. Estas manifestações foram dirigidas contra as actividades do Grupo Somagec, empresa ligada ao regime, que tem efectuado detonações para a construção de um porto e de um aeroporto na ilha, afectando gravemente o ambiente e as habitações locais.

2.- Repressão violenta: Posteriormente, as forças de segurança dispersaram violentamente uma vigília de protesto contra estas detenções e a deportação de detidos para prisões no continente. Este uso excessivo da força reflecte a intolerância do regime relativamente a qualquer forma de dissidência.

3.- Censura e Isolamento: Numa tentativa de reprimir os protestos e controlar a informação, o regime ordenou que o fornecedor de telecomunicações da Guiné Equatorial, GITGE, encerrasse o serviço telefónico e de Internet em Annobón. Este corte de comunicações deixou a ilha, já marginalizada e remota, num estado de extremo isolamento, impedindo que sejam conhecidas as atrocidades que ali ocorrem.

4.- Ofensiva Contínua: As detenções fazem parte de uma repressão contínua contra a raiva generalizada entre os Anoboneses pelo uso de explosões controladas pelo Grupo Somagec. A empresa, estreitamente ligada ao regime de Teodoro Obiang, tem destruído pedreiras para projectos de infra-estruturas que devastaram a ilha e os seus ecossistemas.

5.- O HRF chamou a atenção internacional para esta situação, destacando a necessidade urgente de intervenção para proteger os direitos humanos em Annobón. A organização destaca que estas ações do regime de Obiang não só violam os direitos fundamentais dos Anoboneses, mas também fazem parte de um padrão mais amplo de repressão e controlo na Guiné Equatorial.

É crucial que a comunidade internacional tome medidas para responsabilizar o regime. Obiang por estas violações e a apoiar o povo de Annobón na sua luta por justiça e dignidade, instando à libertação imediata dos sequestrados.

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