Em busca de escudo internacional, Obiang fortalece laços com a Coreia do Norte

Teodoro Obiang Nguema Mbasogo e Tong Chol Ho.

Numa cerimónia recente realizada no Palácio do Povo em Malabo, o ditador octogenário Teodoro Obiang Nguema Mbasogo concedeu a medalha da Grã-Cruz da Ordem da Independência ao embaixador norte-coreano cessante, Tong Chol Ho, num claro gesto de reconhecimento ao trabalho de consolidação dos laços entre a Coreia do Norte e a Guiné Equatorial. No entanto, este ato também revela uma série de questões sobre a relação entre ambos os regimes e a situação interna destes países.

O ditador equatoguineano, no seu discurso durante a cerimónia, destacou o “compromisso dedicado” de Chol Ho no fortalecimento dos laços entre Malabo e Pyongyang durante os seus sete anos no país. O diplomata norte-coreano, ao receber a distinção, manifestou o seu agradecimento e prometeu continuar a trabalhar para fortalecer a amizade entre os dois países, onde quer que esteja.

«Quero agradecer o apoio do povo da Guiné Equatorial por me ajudar a concluir com sucesso a minha missão diplomática. Mesmo que eu parta, onde quer que esteja, esforçar-me-ei sempre por continuar a fortalecer a relação de amizade entre a Guiné Equatorial e a Coreia", afirmou. Chol Ho.

Este reconhecimento não é um simples acto diplomático; É um reflexo das relações crescentes e problemáticas entre os dois regimes ditatoriais. Na Coreia do Norte, o regime de Kim Jong-un estabeleceu-se como uma potência nuclear e balística, desafiando a comunidade internacional com a sua política agressiva.

Por outro lado, na Guiné Equatorial, o regime Obiang Ele foi criticado por sua falta de respeito pelos direitos humanos e por seu autoritarismo. A atribuição da medalha a um diplomata de um regime tão questionado como o norte-coreano demonstra uma aliança que ignora as graves violações dos direitos humanos e as ditaduras em jogo.

A preocupação com a situação nestes dois países é evidente na comunidade internacional, que deve enfrentar não só a ameaça nuclear da Coreia do Norte, mas também a contínua repressão na Guiné Equatorial. A recente distinção Tong Chol Ho É um lembrete sombrio da cumplicidade que pode surgir entre ditadores e da necessidade urgente de maior pressão internacional para enfrentar e resolver as crises de direitos humanos em ambos os regimes.

Em conclusão, embora os laços diplomáticos entre a Guiné Equatorial e a Coreia do Norte se fortaleçam, as sombras da repressão e do autoritarismo continuam a espalhar-se por Annobón. A comunidade internacional deve redobrar os seus esforços para desafiar esta violência e apoiar a população local vítima de abusos.

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