Foi através de uma postagem publicada na conta X (antigo Twitter) do governo da República de Annobón (@AnnobonGob). Lá, o primeiro-ministro Lagar Orlando Cartagena Referiu-se “à difícil situação humanitária” na ilha, “devido ao regime ditatorial de Obiang Nguema Mbasogo na Guiné Equatorial.”
“Durante os últimos anos, a ditadura do Estado e o governo guineense impuseram ao nosso povo situações de empobrecimento, deportações forçadas, isolamento, fome e discriminação institucional. Além disso, temos sofrido epidemias sem ajuda humanitária e a nossa ilha é usada como depósito de resíduos nucleares, enquanto sofremos diariamente com a escassez de água potável, electricidade e alimentos, falta de educação e discriminação étnica”, explicou o responsável anobonês.
E destacou: “Atualmente enfrentamos ameaças de invasão e violência por parte do Estado e do governo guineense, que enviaram camiões com material militar explosivo, ameaçando explodi-lo se esta luta pela independência continuar”.
Foi nesse quadro que Vinícola Cartagena chamou o ditador Obiang para cessar as hostilidades: “Exorto-vos, ao Estado guineense e ao vosso governo, a retirarem as vossas tropas da Ilha de Annobón e a respeitarem a nossa independência. Saiba que o povo anoboneso não vai desistir. Lutamos pela nossa liberdade, lutamos pela liberdade Annobón, lutamos pela Ambô Legadu".