A frente conhecida como Actores Prodemocráticos da Guiné Equatorial - que integram as organizações PFD, ANRD, FDR, PPGE, Guiné Equatorial Também é Nossa, MAIB, Somos+, MLGEIIIR, UDDS e CORED - emitiu um comunicado denunciando as represálias do regime de Teodoro Obiang Nguema Mbasogo contra os cidadãos da República de Annobón. Neste contexto, alertaram que as forças do regime estão a deter arbitrariamente os anoboneses por pedirem o fim do uso de dinamite na ilha, no que consideram uma ameaça à sua sobrevivência.
O comunicado publicado no site www.genuestra.weebly.com sublinha que a preocupação dos anoboneses é "lógica e sensata", dado que a ilha, devido ao seu afastamento, pequena dimensão e origem vulcânica, enfrenta um risco significativo de detonações de dinamite perto da cidade de Palé. “Estas detonações representam uma grave ameaça aos habitantes e às suas casas, causando danos irreparáveis às terras aráveis e ao ecossistema da ilha”, afirma o documento.
“As detenções de um grande grupo de Anoboneses pelo governo são mais uma prova de que o regime de Obiang não está disposto ao diálogo”, declara a declaração dos Actores Pró-Democratas. “Estas ações repressivas demonstram a natureza caprichosa e instável do regime, que responde com violência às exigências pacíficas”, acrescentou.
Os actores pró-democratas exigiram a libertação imediata dos detidos e instaram a comunidade internacional a tomar medidas para condenar estes abusos e proteger os direitos humanos na Guiné Equatorial. “É necessário que todos os guineenses-equatorianos tomem consciência da necessidade de solidariedade e de acção conjunta para alcançar os nossos direitos”, conclui o comunicado.
A situação em Annobón reflecte um padrão de violações dos direitos humanos e de falta de diálogo por parte do regime. Obiang, o que colocou a ilha numa situação crítica. A comunidade internacional observa com preocupação e exige uma intervenção urgente para restaurar a justiça e a dignidade na região.
