Mais uma vez, uma moradora de Annobón está à beira da morte, sem receber os cuidados médicos de que necessita com urgência. Se trata de Alicia Nach Rosário, cuja vida depende de uma intervenção cirúrgica vital. Contudo, a ditadura da Guiné Equatorial recusa-se obstinadamente a prestar assistência.
A emergência sanitária que assola a República de Annobón, actualmente sob o controlo militar do regime de Obiang, atinge níveis alarmantes. Nestes momentos críticos, Alice Ele luta pela vida em um dispensário improvisado na ilha, onde a falta de equipamentos, luz, água e remédios é devastadora. Não há nem soro disponível para os pacientes.
Alice enfrenta uma dupla ameaça: a onda de calor que atinge a ilha e a falta de infraestruturas médicas adequadas. Seu problema intestinal a deixa incapaz de comer ou defecar, agravando seu estado a cada momento que passa. Para piorar a situação, a ditadura da Guiné Equatorial recusa enviar um avião militar para a levar a um hospital minimamente equipado para atender a sua emergência médica.
Em conversa com AmboLegadu, filha de Alice Ele lançou um pedido de ajuda comovente: “Se eles não a operarem logo, ela vai morrer. Não há voos disponíveis. Essa é a informação que recebemos. “A única coisa que podemos esperar agora é a sua morte, foi o que o médico nos disse”.
A única esperança para o paciente é uma barcaça improvisada que chega todos os meses à ilha para trazer mantimentos. No entanto, as precárias condições de transporte levantam sérias dúvidas sobre se ele chegará com vida a um hospital no continente.
Esta tragédia ilustra a urgência da situação em Annobón e a insensível negligência da ditadura da Guiné Equatorial relativamente aos direitos humanos e à vida dos seus cidadãos. Enquanto Alice lutam para sobreviver em condições desumanas, é essencial que a comunidade internacional e as organizações de direitos humanos ajam rapidamente para pressionar o regime e garantir que este receba os cuidados médicos de que necessita desesperadamente.