A situação em Annobón agravou-se gravemente com a chegada dos militares para uma vigília de oração organizada pela comunidade local. Os militares, armados com estilhaços, atiraram e espancaram os manifestantes, que permaneceram na escuridão rezando e exigindo a libertação dos sequestrados.
A comunidade organizou a vigília depois de receber relatos de que um avião foi preparado em Bata, no continente do Rio Muni, para transportar os reféns de Annobón durante a noite. O receio era que os detidos ilegalmente fossem retirados da ilha sem o conhecimento da população, método de repressão que já foi utilizado na Guiné Equatorial no passado.
Diante da possibilidade de os sequestrados desaparecerem para sempre, os anoboneses decidiram ficar acordados a noite toda, vigiando e rezando em frente ao quartel onde estavam. Contudo, a vigília pacífica foi violentamente interrompida pelas forças militares do regime. Obiang.
Testemunhas relataram que os militares Fang, na tentativa de dispersar a multidão, dispararam livremente contra os manifestantes. A situação é alarmante, pois há relatos de feridos e de uma mulher que desmaiou por falta de cuidados de saúde na ilha, colocando a sua vida em risco.
A comunidade internacional deve prestar atenção urgente a estes acontecimentos, à medida que a repressão violenta contra os Anoboneses continua inabalável. A população de Annobón continua a lutar pela libertação dos seus cidadãos detidos ilegalmente e pela soberania da sua ilha, enfrentando uma invasão militar brutal.