A luta pela liberdade de Annobón causou pânico no governo de fato da Guiné Equatorial. Numa tentativa desesperada de reprimir essas alegações, a ilha foi invadida por forças estrangeiras do exército da Guiné Equatorial. Annobón está praticamente ocupada, com uma presença militar avassaladora que mergulhou a população em uma crise humanitária sem precedentes.
Ocupação militar e tensão crescente
Os soldados enviados para a ilha ficam amontoados em alojamentos, dividindo espaço com até três famílias por domicílio no acampamento. Essa situação gerou tensões dentro do próprio exército, e protestos internos anunciam um possível surto de violência dentro do próprio exército. Eles não entendem por que foram enviados para lá, pois não há nada para fazer.
Mas o impacto não é apenas nas forças armadas. A ocupação colonial estrangeira levou ao deslocamento forçado de famílias Fang com vários filhos, no que parece ser uma tentativa de colonização secreta. Essas famílias, trazidas para cá sem recursos ou conhecimento da terra, começaram a saquear os campos dos annoboneses, ameaçando a já frágil segurança alimentar da ilha.
Emergência humanitária em Annobón
A situação é crítica e alarmante:
– Total falta de serviços básicosNão há água potável, eletricidade, telecomunicações, assistência médica ou comida.
– Crise alimentarA pilhagem das plantações e a superlotação forçada deixaram os annoboneses sem sua principal fonte de sustento.
– Desequilíbrio ecológicoA caça indiscriminada de gatos selvagens para alimentação por recém-chegados levou a uma praga de ratos que está devastando plantações.
– Risco à saúdeA extrema insalubridade e a poluição da água tornam um surto epidêmico iminente.
Annobón foi convertida em uma prisão a céu aberto. A população é encurralada, humilhada e submetida à violência sistemática. A Guiné Equatorial está realizando deportações em massa para nos desapropriar de nossas terras.
Um plano de extermínio étnico está em andamento
Desde a independência da República de Annobon, o regime tem executado um programa de eliminação sistemática de povos não Fang. Primeiro em Río Muni, depois em Fernando Poo, e agora a invasão chega a Annobón.
O objetivo é claro: construir um estado Fang monoétnico, apagando a identidade e a cultura dos outros povos anexados à Guiné Equatorial.
De acordo com dados coletados no local:
📍 80 soldados e suas famílias foram enviados para a ilha.
📍 400 soldados patrulham as ruas, dedicados à humilhação e repressão dos annoboneses.
Annobón não se parece mais com a terra de seus ancestrais. É uma cidade ocupada, com mais soldados e famílias estrangeiras do que annoboneses. É uma pena que nenhuma presa possa negar mais. A ideia de unidade é para o extermínio dos outros povos não-Fang. Este é um genocídio encoberto.
A boa notícia é que a esperança permanece intacta. As pessoas estão confiantes e protegidas pelo espírito de seus ancestrais. Esta aldeia Ambô, símbolo de identidade e resistência, nos lembra que a liberdade é possível e está em nossas mãos. Sigamos em frente, remo na mão, sempre.