Aitor Martínez: “O direito do povo anoboneso de decidir o seu próprio destino deve ser respeitado”

Aitor Martínez Jiménez.

Em recente entrevista à mídia argentina REALPOLITIK TELEVISIÓN, o advogado espanhol Aitor Martínez Jiménez Expôs a grave situação que a ilha de Annobón enfrenta sob o regime da Guiné Equatorial e alertou: “Estamos perante uma clara violação do direito à autodeterminação”.

A pedido do Primeiro Ministro da República de Annobón, Lagar Orlando Cartagena, o advogado reconhecido pela defesa de casos emblemáticos como o de Julian Assange, apresentou uma queixa à ONU, detalhando as violações sistemáticas dos direitos humanos que os anoboneses sofreram durante décadas de isolamento, perseguição e repressão por parte do governo de Teodoro Obiang Nguema Mbasogo.

Durante a entrevista, Martínez Sublinhou a importância de a comunidade internacional prestar atenção ao caso de Annobón, uma ilha que, apesar da sua distância geográfica de mais de 600 quilómetros da capital Malabo, tem sido tratada sem consideração das suas diferenças culturais, étnicas e linguísticas. “O povo anoboneso foi sujeito a detenções arbitrárias, tortura e exploração indiscriminada dos seus recursos naturais”, afirmou o advogado.

Um dos pontos-chave da denúncia apresentada à ONU é o uso de dinamite em explorações mineiras, ligadas à família Obiang através da empresa SOMAGEC. Estas explosões causaram graves danos às infra-estruturas da ilha e ao bem-estar dos seus cidadãos, desencadeando a recente detenção ilegal de 37 anoboneses que protestaram pacificamente contra estas actividades.

Martínez Descreveu os actos do regime equatoguineano como crimes contra a humanidade e sublinhou que o direito do povo anobonês de decidir o seu próprio destino deve ser respeitado. “O direito do povo Annobón de decidir o seu próprio destino deve ser respeitado.” “Estamos diante de uma clara violação do direito à autodeterminação”, afirmou, destacando a luta de Annobón pela sua independência e liberdade contra um dos mais antigos- regimes permanentes e mais repressivos do mundo.

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